22dez2010 Em: Opinião Autor: Danillo Ferreira
Tenho insistentemente publicado textos de incentivo defendendo a implementação de salários dignos aos policiais brasileiros, que colocam à disposição do seu ofício suas próprias vidas. O tema tem sido recorrente não apenas aqui no blog, mas nas comunidades e bate papos de viatura, principalmente por causa do advento da PEC 300, que visa definir um piso salarial para as polícias do Brasil. Simultaneamente, percebemos policiais politicamente apáticos em seu cotidiano, se manifestando de forma inflamada por aumento salarial, tema em que começa e se encerra suas pretensões de melhoria da segurança pública.
Ao ler um texto sobre um equipamento novo, por exemplo, vem este tipo de policial e reclama: “que mané equipamento… eu quero é salário no meu bolso!”. Mudança de procedimento para dinamizar a atuação policial? “Nada vai pra frente se não me pagarem o dobro do que eu ganho!”. Discussão sobre corrupção? “Eu quero é dinheiro!”.
Minhas convicções político-ideológicas sempre me levaram, e ainda me levam, a entender que quanto maior o poder de uma pessoa, mais responsável ela é pela dor ou delícia que vivemos. Assim, quando vejo este fenômeno do puro interesse pelo salário por grande parte dos policiais, corro a tentar entendê-lo, principalmente, através das decisões estratégicas que os governos tomam. Há aí, certamente, questões como falta de vocação e desmotivação, que levam o profissional a se desinteressar pelo cerne do seu ofício. Alguns aspectos da seleção e da justiça institucional precisam ser revistos para que tal fenômeno seja diminuído.
Por outro lado, cada policial, individualmente, não pode ser considerado vítima frente à evidência de possuirmos, cada um de nós, racionalidade e algum senso crítico. Explico: não passa de atitude mercenária e interesseira esconder todos os problemas, inclusive os que possam ser resolvidos por um único policial, sob a justificativa do baixo salário.
Você, policial que se omite e despreza a necessidade que a sociedade tem dos seus serviços (legais, éticos e morais) sob a alegação de ganhar pouco, não agiria diferente de nossos parlamentares, que acabam de aprovar salários ofensivos à moralidade pública. Mais: mesmo que o salário seja aumentado, você continuará se omitindo. Quem pensa deste modo não merece sequer o salário que ganha atualmente.
http://abordagempolicial.com/http://sargentoricardo.blogspot.com/
Ao ler um texto sobre um equipamento novo, por exemplo, vem este tipo de policial e reclama: “que mané equipamento… eu quero é salário no meu bolso!”. Mudança de procedimento para dinamizar a atuação policial? “Nada vai pra frente se não me pagarem o dobro do que eu ganho!”. Discussão sobre corrupção? “Eu quero é dinheiro!”.
Minhas convicções político-ideológicas sempre me levaram, e ainda me levam, a entender que quanto maior o poder de uma pessoa, mais responsável ela é pela dor ou delícia que vivemos. Assim, quando vejo este fenômeno do puro interesse pelo salário por grande parte dos policiais, corro a tentar entendê-lo, principalmente, através das decisões estratégicas que os governos tomam. Há aí, certamente, questões como falta de vocação e desmotivação, que levam o profissional a se desinteressar pelo cerne do seu ofício. Alguns aspectos da seleção e da justiça institucional precisam ser revistos para que tal fenômeno seja diminuído.
Por outro lado, cada policial, individualmente, não pode ser considerado vítima frente à evidência de possuirmos, cada um de nós, racionalidade e algum senso crítico. Explico: não passa de atitude mercenária e interesseira esconder todos os problemas, inclusive os que possam ser resolvidos por um único policial, sob a justificativa do baixo salário.
Você, policial que se omite e despreza a necessidade que a sociedade tem dos seus serviços (legais, éticos e morais) sob a alegação de ganhar pouco, não agiria diferente de nossos parlamentares, que acabam de aprovar salários ofensivos à moralidade pública. Mais: mesmo que o salário seja aumentado, você continuará se omitindo. Quem pensa deste modo não merece sequer o salário que ganha atualmente.
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