Abuso de poder no Batalhão de Nova Venécia (2º BPMES)
Segundo informações de um subordinado de Carlos Rogério, há um ano os militares estão sofrendo constantemente assédio moral por parte do superior. Ele disse ainda, que os policiais são humilhados e passam por constrangimentos públicos. Além disso, o comandante não mostra respeito pelo militares mais antigos. Ao contrário, usa palavras para oprimir, constranger e diminuir moralmente o policial.
Transfere os integrantes da categoria sem motivo qualquer ou explicação, da mesma maneira altera as escala dos trabalhadores. Nem mesmo um policial com problemas cardíacos foi poupado desse abuso de poder. Costumeiramente ele intimida e fere a integridade moral de seus comandados. Menospreza o trabalho e a pessoa do policial.
Em abril deste ano o deputado federal, Capitão Assumção (PSB-ES) denunciou durante um pronunciamento na Câmara os desmandos desse comandante. “Ele tem o costume de transferir policiais para ver o prestígio político que têm. Transfere o policial acreditando que ele peça a algum conhecido político que vá até ao comando de batalhão. Ele usa dessa artimanha negativa para poder sentir-se "o cara", embora não seja Obama nem Lula”, disse o deputado.
Segundo o diretor da associação de cabos e soldados do Espírito Santo, Luciano Marcio, nos mais de 14 anos que está na policia nunca presenciou uma situação como atual. “Os policiais não estão sendo tratados com dignidade e respeito pelo comandante. O que os policiais e seus familiares estão passando nunca se viu igual por aqui”, falou.
Transferências
Com um pouco mais de um ano no comando do batalhão Carlos Rogério é o responsável por cerca de 40 transferências sem um motivo aparente. Os policiais militares chegam a ter que trabalhar até 100 km longe do domicilio.
Para Luciano Marcio, a falta de harmonia entre comando e comandados está afetando a qualidade do trabalho dos militares. “Os policiais estão psicologicamente abalados e não conseguem produzir como deveriam”, afirma. Conseqüentemente, a família dos militares também é afetada com a situação.
Criminalidade
Além dos policiais e seus familiares, a população também é vitima dessas transferências. Com pouco efetivo nas ruas a violência aumenta na região norte.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Nova Venécia, a CDL, chegou a fazer um abaixo-assinado reivindicando mais segurança no município.
Represália
Os policiais ficam de mãos atadas diante do autoritarismo do comandante, pois temem a punição. Luciano conta que após ser entrevistado pelo Jornal Século Diário sobre a relação das transferências com o aumento da criminalidade na região, seu primo, que trabalha a dez anos em Nova Venécia, foi deslocado para Pinheiro, 50KM do seu domicilio.
Além disso, uma soldado que está grávida também sofreu com os desmandos do comandante. Ela prefere não se identificar por temer represália. A soldado foi assediada moralmente e sexualmente. Provas desse abuso estão salvas na caixa de email dela. São várias mensagens eletrônicas impertinentes, sugestivas e desrespeitosas, inclusive, com fotos de seus passeios, como forma de exibicionismo. (Confira no quadro abaixo alguns desses e-mails).
Os e-mails deixam clara a ousadia desmedida do comandante. Assim como, a indiferença dela aos assédios dele. Em uma das mensagens ele diz: ‘"ABRAÇOS"(acredito, que somente isso me permitiu....que pena...!!!!)’. Em outro e-mail envia fotos dele e os seguintes dizeres:
‘Para atormentar seu serviço.....!!!!”
O atrevimento e a certeza de impunidade são tamanhos que ele nem se preocupou em utilizar o endereço de e-mail da Policia Militar.
Ao se defender das investidas do superior, foi punida com dez dias de aquartelamento e processos administrativos. A Associação de Cabos e Soldados do ES entrou com uma representação na Corregedoria contra o comandante e a favor da soldado.
Infração
Na policia existe uma modalidade em que policiais aposentados podem trabalhar voluntariamente. Segundo as regras eles devem cumprir escala de 40h semanais em instituições públicas apenas internamente. Em Nova Venecia essa norma não está sendo respeitada. Devido ao grande número de transferências e conseqüentemente pouco efetivo esses policiais estão sendo colocados para atender ocorrências externas. Uma infração segundo a lei.
Oficial Ajuda de Custo
Carlos Rogerio é conhecido na corporação como Oficial Ajuda de Custo. “Quando um policial é transferido para uma unidade de outra cidade, ganha uma ajuda de custo, de valor razoável. O ‘Comandante Ajuda de Custo’ é o policial que mais tem esse tipo de bonificação nos seus assentamentos. É uma vergonha a forma como esse homem usa o dinheiro público” explicou indignado Capitão Assumção.
Carlos Rogerio permanece em média por seis meses em cada batalhão até ser transferido e receber tal beneficio.
http://www.capitaoassumcao.com/

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