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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Governo ameaça endurecer com aéreas em caso de greve neste fim de ano

Tânia Monteiro, da Agência Estado
BRASÍLIA - O Ministério da Defesa está acompanhando, preocupado, o desenrolar das negociações que estão ocorrendo na Procuradoria Geral do Trabalho entre os representantes dos trabalhadores e diretores das empresas e ameaça endurecer em caso de greve no setor por considerar esta "uma questão de interesse nacional". O ministro da Defesa, Nelson Jobim, determinou que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dobre os esforços na fiscalização das companhias aéreas e já avisou que, se houver tumulto nos aeroportos, os sindicatos serão penalizados com pesadas multas.

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Para isso, o governo já tem pronta, em mãos, para ingressar na Justiça, a qualquer momento, uma medida cautelar para punir os representantes sindicais das categorias que, na visão do Executivo, estão fazendo "terrorismo" porque sabem que os prejudicados serão terceiros. O governo quer evitar que um novo caos se instale no País, deixando esta marca no governo Lula com mais um grave problema no setor, justamente nas festas de final de ano, época de grande movimentação nos aeroportos, que já estão lotados.

Para o governo, "não é possível que terceiros sejam atingidos por conflitos entre aeronautas e aeroviários e os dirigentes das empresas aéreas". O ministro da Defesa tem reiterado que é preciso garantir o direito aos passageiros de voarem e que esta é uma questão de "interesse nacional", que "não pode ser prejudicada por conflitos trabalhistas".

A audiência entre trabalhadores e patrões das empresas aéreas está marcada para a tarde de hoje. Os dirigentes das companhias já avisaram, no entanto, que não estão dispostos a ceder nada além do reajuste de 6,08%, com base na variação do INPC, em 2010. Os aeronautas reivindicam um aumento de 15% e os aeroviários de 13%. Mas sinalizam que a paralisação poderá ser evitada se as empresas aéreas oferecerem um reajuste de dois dígitos .
Fonte: Agência Estado

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