O primeiro ano de idade é a fase do desenvolvimento oral dos bebês. É quando os pequenos pegam tudo o que está ao seu redor com um único destino: a boca. Não importa se é objeto grande, pequeno, sujo ou limpo, o contato bucal é que amplifica a sensação tátil da criança. Essa descoberta pode começar ainda na barriga, já que é comum visualizar na ultrassonografia o feto com uma das mãos na boquinha. De acordo com o pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Dr. Ricardo Morando, ao nascer, os bebês vão primeiro se autoconhecer para depois se relacionar com o mundo. “Nas primeiras tentativas colocarão a mão toda na boca, depois descobrem os dedos, até que, aos poucos, estão adaptados ao toque”, explica. Conforme o bebê cresce e ganha independência, como engatinhar e andar, as chances de alcançar o proibido são maiores. As mãozinhas ganham agilidade, fase em que toda atenção é pouca. “É fundamental que os adultos fiquem atentos para que objetos pequenos não estejam ao alcance da criança, tais como brincos, moedas e peças pequenas de brinquedos que podem ser deglutidos ou aspirados”, alerta o médico. Em caso de emergência o pediatra explica: “Quando a criança engasgar e não estiver respirando pode-se aplicar três fortes palmadas nas costas, na região situada entre os ombros. Se não funcionar o ideal é buscar ajuda de algum serviço de urgência hospitalar.”
OS BRINQUEDOS.Chocalhos, livros com textura e sons, quebra cabeças grandes, blocos coloridos, bolas macias e brinquedos musicais são sempre bem-vindos desde que contenham certificação do órgão regulador (INMETRO) e estejam adequados à faixa etária. De acordo com a ciência, aos dois anos de idade as descobertas orais estão concluídas. Mas, se a mania persistir, não há motivos para alardes, apenas atenção. “Chupar o dedo, especialmente o polegar contra o palato, pode causar sérias alterações na arcada dentária, como a mordida aberta ou cruzada, podendo levar a alterações funcionais como respiração oral, flacidez da musculatura oral e alterações na fala, com necessidade de tratamento ortodônticos ou fonoaudiólogos”, explica Dr. Morando.
Carolina Ildefonso – Repórter (semprematerna.uol.com.br)
Fonte: Blog do Sardinha/Blog Diniz K-9
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