21 de Novembro de 2010
Estátua erguida na pequena Swiebodzin, de 21.937 habitantes, é mais alta que versão construída no Rio de Janeiro e ainda tem uma coroa dourada.
Em Swiebodzin, no interior da Polônia, não sopra a brisa do mar. No Rio de Janeiro, no Brasil, o calor da praia e do povo atrai turistas do mundo inteiro. Em Swiebodzin, a vida mais passa mais lenta, enquanto o sino da praça bate para quase ninguém. E não é que os orgulhosos 21.937 habitantes de Swiebodzin resolveram desafiar o Rio de Janeiro? Até a semana passada, as maiores atrações da cidade eram as construções antigas, do tempo em que o Brasil nem tinha sido descoberto. Em relação ao Rio, os swiebodzinenses podem ter saído muitos séculos na frente, mas ficaram para trás na corrida pela fama mundial. Agora, resolveram se recuperar. O lugar não tem quase nada em comum com o Rio de Janeiro a não ser uma grande semelhança: quem chega a Swiebodzin também é recebido de braços abertos. E o abraço polonês é ainda maior que o do Cristo brasileiro. Sem contar o pedestal de oito metros de altura, o Redentor do Corcovado mede 30 metros. O Cristo Rei, que acabou de ser inaugurado na Polônia, mede 33 metros e ainda é coberto por uma coroa dourada de três metros de altura. Aos 78 anos, o padre Sylvester Zawadzki é conhecido como o "padre construtor". Quando ele anunciou que iria erguer o cristo gigante, ninguém acreditou. A obra custou R$ 2,5 milhões, dinheiro de doações da comunidade polonesa no mundo todo. Mas o jornal local, a Gazeta Swiebodzinka, faz campanha contra a estátua, dizendo que o dinheiro deveria ter sido usado em escolas. Já o prefeito Dariusz Bekisz quer aproveitar a fama que a cidade ganhou. “Se o Rio de Janeiro recebe turistas do mundo todo, por que eles não podem vir para cá também?”, questiona. Ele põe pimenta na rivalidade e diz que só não organiza um carnaval porque na Polônia é muito frio em fevereiro. Dariusz já fala de igual para igual com o prefeito do Rio: “Eduardo Paes, venha visitar nosso Cristo”. Brasil e Polônia não precisam brigar por causa disso. O próprio Cristo do Corcovado é um pouquinho polonês. O artista que fez as mãos e o rosto da estátua foi Paul Landowski, um francês de origem polonesa. E um dos maiores admiradores do Redentor também nasceu na Polônia. O Papa João Paulo II dá nome à praça principal de Swiebodzin. O Cristo da cidade ainda não recebe tantos turistas e muito menos a visita de um papa. Além disso, o Cristo brasileiro aproveita muito mais a natureza que o Pai dele criou. Contempla uma das mais belas paisagens do mundo do alto dos 710 metros do Corcovado. Nem assim o prefeito polonês reconhece a derrota. Ele diz: “Não falem da montanha com o padre, senão ele é capaz de erguer um corcovado aqui também”.
Fonte: Fantástico/Blog Diniz K-9
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