Ao contrário do que mostram as obras cinematográficas e os seriados mirabolantes da atualidade, o serviço policial nem sempre é entusiasmante e cheio de ocorrências. Inda mais durante a madrugada, quando a esmagadora maioria das pessoas desistem de causar problemas e perturbações à ordem para se entregarem ao aconchego de suas camas. A exceção a esta regra são alguns trabalhadores: médicos, enfermeiros, vigilantes e policiais, por exemplo, que devem se dedicar diuturnamente a proteger os bens alheios, principalmente a vida.
Enquanto há ocorrências, para os policiais, é muito fácil se manter alerta e empolgado com o serviço, pois a mente é distraída pelo problema a ser resolvido. Mas basta as chamadas escassearem para a monotonia tomar conta, e aquilo que é um conforto para os demais cidadãos, passa a ser um risco para os policiais: o sono.
A depender da escala de serviço – no Brasil ainda há unidades em que o policial trabalha por vinte e quatro horas consecutivas – o problema do sono no serviço policial é mais fácil de ser administrado. Quanto menos tempo o policial trabalhar imediatamente antes da madrugada, melhor, pois menos cansaço irá sentir, estando mais preparado para enfrentar o monótono período da meia noite até o amanhecer.
Guarnições policiais em viaturas, módulos ou delegacias que se desligam do serviço policial para deliberadamente dormir estão cometendo um erro, uma vez que provavelmente vão expor a risco a segurança dos PM’s ou PC’s e deixarão de atender a eventuais chamadas da população – grande prejudicada com a omissão policial. Quem discorda, basta imaginar a mãe, o pai, o filho ou outro familiar solicitando a presença policial durante a madrugada e não recebendo resposta em virtude da sonolência de um colega.
Por outro lado (e quando discutimos o serviço policial sempre há outro lado), existem situações em que policiais de fato não conseguem se manter acordados. O sono é uma necessidade fisiológica, e forçar um policial a trabalhar com sono pode ter consequências trágicas. Não é preciso refletir muito para constatar que arma de fogo e sono não é uma boa combinação.
O ideal é que cada policial possa se preparar para a jornada de trabalho, dormindo bem antes de seu início. Mas a questão passa pelos afazeres cotidianos de cada indivíduo, que geralmente trabalham em outros locais (o “bico” é uma realidade na esmagadora maioria das polícias), e nem sempre possuem tempo para praticarem esportes e atividades físicas, aumentando sua resistência à fadiga.
Aos comandantes ou chefes de guarnições policiais cabe a criatividade em motivar seus comandados no controle do sono em serviço – uma vez que, como dito, nem sempre será possível extingui-lo. Aqui, vale ressaltar os dois bens dos quais não se pode abrir não: a eficiência no atendimento das ocorrências e a segurança dos policiais.
No caso simbólico em que um motorista de viatura se encontra fatigado, algo não muito raro de ocorrer, em virtude do esforço maior por causa de sua função, não é absurdo que os demais componentes da guarnição se mantenham alerta enquanto o colega se recupera. Com prudência e retidão profissional, consegue-se chegar a práticas éticas e menos desgastantes. É o que penso.
Fonte: http://abordagempolicial.com/
Enquanto há ocorrências, para os policiais, é muito fácil se manter alerta e empolgado com o serviço, pois a mente é distraída pelo problema a ser resolvido. Mas basta as chamadas escassearem para a monotonia tomar conta, e aquilo que é um conforto para os demais cidadãos, passa a ser um risco para os policiais: o sono.
A depender da escala de serviço – no Brasil ainda há unidades em que o policial trabalha por vinte e quatro horas consecutivas – o problema do sono no serviço policial é mais fácil de ser administrado. Quanto menos tempo o policial trabalhar imediatamente antes da madrugada, melhor, pois menos cansaço irá sentir, estando mais preparado para enfrentar o monótono período da meia noite até o amanhecer.
Guarnições policiais em viaturas, módulos ou delegacias que se desligam do serviço policial para deliberadamente dormir estão cometendo um erro, uma vez que provavelmente vão expor a risco a segurança dos PM’s ou PC’s e deixarão de atender a eventuais chamadas da população – grande prejudicada com a omissão policial. Quem discorda, basta imaginar a mãe, o pai, o filho ou outro familiar solicitando a presença policial durante a madrugada e não recebendo resposta em virtude da sonolência de um colega.
Por outro lado (e quando discutimos o serviço policial sempre há outro lado), existem situações em que policiais de fato não conseguem se manter acordados. O sono é uma necessidade fisiológica, e forçar um policial a trabalhar com sono pode ter consequências trágicas. Não é preciso refletir muito para constatar que arma de fogo e sono não é uma boa combinação.
O ideal é que cada policial possa se preparar para a jornada de trabalho, dormindo bem antes de seu início. Mas a questão passa pelos afazeres cotidianos de cada indivíduo, que geralmente trabalham em outros locais (o “bico” é uma realidade na esmagadora maioria das polícias), e nem sempre possuem tempo para praticarem esportes e atividades físicas, aumentando sua resistência à fadiga.
Aos comandantes ou chefes de guarnições policiais cabe a criatividade em motivar seus comandados no controle do sono em serviço – uma vez que, como dito, nem sempre será possível extingui-lo. Aqui, vale ressaltar os dois bens dos quais não se pode abrir não: a eficiência no atendimento das ocorrências e a segurança dos policiais.
No caso simbólico em que um motorista de viatura se encontra fatigado, algo não muito raro de ocorrer, em virtude do esforço maior por causa de sua função, não é absurdo que os demais componentes da guarnição se mantenham alerta enquanto o colega se recupera. Com prudência e retidão profissional, consegue-se chegar a práticas éticas e menos desgastantes. É o que penso.
Fonte: http://abordagempolicial.com/
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