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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Se não existissem líderes corajosos de associações, o que seriam de nós?

Coronel advogado vem de São Paulo para defender capitão preso por insubordinação no Piauí!


05 de Outubro de 2010

O coronel Elias Miller da Silva, advogado da Feneme (Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais), veio a Teresina para defender o capitão Evandro Rodrigues da Silva, preso nessa segunda-feira por insubordinação ao coronel Francisco Prado, comandante geral da Polícia Militar do Piauí. Evandro foi acusado de incitamento, desrespetio a superior, publicação ou crítica indevida, e desobediência, supostamente praticados durante uma discussão que Evandro travou com o coronel Prado na quinta-feira da semana passada, quando tropas da PM preparavam-se para viajar rumo às cidades do interior com a missão de garantir a segurança das eleições. Na ocasião, o capitão Evandro, que é presidente da Associação dos Policiais Militares do Estado do Piauí (Amepi), exigiu que o coronel Prado garantisse o depósito dos valores das diárias nas contas dos policiais. Elias Miller, que é diretor de Relações Institucionais e Assuntos Legislativos da Feneme, disse que a prisão foi ilegal porque Evandro Rodrigues é presidente da associação que representa a classe dos policiais militares, e, portanto, possui o direito legítimo de manifestar-se contra qualquer arbitrariedade. Além disso, pesa o fato de que o capitão apresentou-se voluntariamente em duas unidades da Polícia Militar, uma em Piripiri e outra em Teresina, na Cavalaria. Por conta disso, ele não poderia ser preso em flagrante, como ocorreu. O coronel advogado disse ainda que o depósito imediato nas contas dos PMs para trabalharem durante as eleições é um direito mínimo garantido por lei. "Tanto é legítimo que as diárias caíram nas contas duas horas após a reivindicação do capitão Evandro no Quartel do Comando Geral", ponderou Elias Miller. Ademais, o oficial disse que o Governo do Estado foi "irresponsável" e "negligente" ao não liberar as diárias com antecedência. "As tropas não poderiam ser enviadas ao interior do Estado sem a garantia de alimentação", denunciou. O advogado também fez duras críticas ao coronel Francisco Prado, comandante da PM no Piauí. Elias Miller disse que o Comando Geral também foi irresponsável por ter cumprido ordens do governo sem levar em consideração o bem-estar dos militares. Com relação à defesa do capitão, Miller disse que já apresentou o pedido de relaxamento de prisão e que o caso ganhou grande repercussão em todo o País. O pedido de libertação do capitão Evandro será analisado pela juíza Valdênia Marques, da 9ª Vara Criminal. O advogado afirma, ainda, que apresentará novos recursos, caso a magistrada negue a solicitação. Por fim, o advogado afirmou que as condições da cela em que o capitão está são inapropriadas, confirmando denúncia feita por Liana Rodrigues, esposa do policial. "O quarto (cela) é pequeno, só são permitidas quatro visitas por dia e a Rone montou um esquema de segurança impedindo que oficiais do CFAP passassem para o GTAP e tivessem contato com o Evandro", disse Liana, acrescentando que seu marido há muito tempo sofre perseguição por parte do Comando Geral da PM e do Governo do Estado, tudo motivado por suas lutas em busca de melhorias para a categoria que representa.

Fonte: Portal O Dia.com

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