Defensor ferrenho da aprovação da PEC 300, o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), delegado aposentado da Polícia Federal, é um dos “quatro mosqueteiros” que lutam pela aprovação da proposta que visa a garantir salários dignos para os policiais militares, civis e bombeiros de todo o país. Foi Itagiba que inseriu os policiais civis do país como beneficiários da proposta, que, na sua versão original, atendia somente as outras duas categorias. - Tem que se ter uma visão de Brasil como um todo. Devemos dar aos policiais o que eles merecem – diz Itagiba. Os demais “mosqueteiros” da Câmara são os deputados Capitão Lucínio Castelo de Assumção (PSB-ES), Major Fábio Rodrigues de Oliveira (DEM-PB) e Jairo Paes de Lira (PTC/SP). Na prática, a PEC 300 regulamenta um piso nacional, entre R$ 3,5 mil e R$ 7 mil, dependendo da graduação, ao buscar a equiparação dos salários pagos às três categorias nos estados com os recebidos pelos integrantes das corporações no Distrito Federal. Itagiba critica o argumento do governo de que não há verbas suficientes para a aprovação da proposta. - O governo sempre diz que não tem dinheiro. Mas sempre tem para outras questões. Quando se dá aumento para a polícia do Distrito Federal, quem faz o subsídio para esse aumento é o governo federal – explica o deputado. Itagiba argumenta que as Polícias Militares, por serem instituições auxiliares das Forças Armadas, responsáveis pela garantia da soberania do país, merecem tratamento relevante. – Segurança pública é fundamental. A razão de ser do Estado é saúde, segurança e educação. E é por isso que temos que investir em segurança pública, que não é um elemento de despesa, mas de investimento – explica ele. Para Marcelo Itagiba, o atraso na conclusão do primeiro turno de votação da PEC tem uma razão: – Muitos não querem votar porque não querem uma polícia de qualidade – alfineta o deputado. Lucínio Castelo de Assumção (PSB-ES), o Capitão Assumção, oficial da Polícia Militar, defende os profissionais da área de segurança. – A proposta reconhece os esforços de todas as 700 mil pessoas que trabalham diariamente pela segurança no país e que arriscam suas vidas no exercício da função. A cada 17 horas morre um trabalhador da segurança pública no Brasil; é um número preocupante – disse o parlamentar. Major Fábio Rodrigues de Oliveira (DEM-PB), relator da PEC 300, considera a proposta uma luta de todos os brasileiros e uma reivindicação antiga da categoria. Jairo Paes De Lira (PTC/SP), que é coronel da Polícia Militar, também não tem medido esforços para a aprovação da PEC. Ele tem denunciado as tentativas de parlamentares da base aliada de “melar” a votação da proposta.
Fonte: Blog Militar Legal
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