Os comparativos com remunerações de outros estados, expressos na correspondência enviada pela Associação Pernambucana de Cabos e Soldados da Polícia Militar de Pernambuco (ACS-PE), são desmentidas pelas informações oficiais. Nem o Governo de Sergipe, nem o da Paraíba concederam reajustes nos patamares oferecidos por Pernambuco. A informação integra o documento endereçado pelo Governo de Pernambuco ao presidente da ACS-PE, Renílson Bezerra dos Santos, que convocou uma assembleia para a tarde de hoje mesmo sabendo que não há mais prazo legal para a concessão de aumentos salariais, por força dos limites da legislação eleitoral.
“Trata-se de um comportamento injustificável. Ele negocia com o Governo, apresenta-se em condições de firmar um acordo, ratifica o acordo, depois perde o controle da assembleia e retorna com reivindicações irreais e ainda baseadas em informações duvidosas”, disse o secretário das Relações Institucionais, Ranilson Ramos, que fez o entendimento com o dirigente da ACS-PE. O secretário lembrou que além de pagar salários menores que os recebidos pelos PMs pernambucanos, a Paraíba ainda encontra-se impedida de conceder qualquer reajuste, pois desde dezembro de 2009 está com 53,40% de suas receitas comprometidas com pessoal, em desacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Pernambuco não vai passar por isso. O governador Eduardo Campos tem responsabilidade com o povo de Pernambuco, respeita os limites legais e mantém o Estado em condições de atender as demandas da maioria da população”, acentuou o secretário. O Governo, segundo Ranilson, mantém mais uma vez a coerência e a lealdade que marcaram todos os processos de negociação com os servidores. “O projeto de lei que o governador encaminhou à Assembleia Legislativa garantiu os PMs e bombeiros pernambucanos com percentuais de reajustes de 92% nos últimos três anos”, disse.
“Os policiais militares de Pernambuco não podem se deixar iludir por alguns dirigentes sem liderança e sem responsabilidade”, finalizou Ranilson, acrescentando que a decisão do governo é referendar a cadeia de comando da corporação.
Fonte: Folha de Pernambuco Digital
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