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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Guerra no Rio de Janeiro: Policiais superam dificuldades e demonstram orgulho após conquista!


29 de Novembro de 2010

Passava das 08:30 hs. quando o soldado Emerson, do 27 Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, recebeu um telefonema. Era sua mãe, extremamente preocupada com o filho após ver ao vivo pela televisão a entrada de policiais no Complexo do Alemão, em Ramos. Orgulhoso e destemido, Emerson estava trabalhando em frente à principal entrada do complexo, a Rua Joaquim Queiroz, tomada por policiais da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) numa ação espetacular. Assim como Emerson, o s outros integrantes das forças de segurança que participaram da operação de domingo dividiram momentos de glória e de preocupação familiar.
Nem sempre deu para amenizar a ansiedade de sua mãe. Na maior parte do tempo, o soldado teve que revistar pedestres que entravam e saíam do morro e motociclistas. Aos 19 anos, prestando o serviço militar, o jovem disse que jamais pensou que um dia participaria de uma ação conjunta tão grande. Emerson chegou ao local por volta das 18h de sábado e até ontem à noite não sabia quando voltaria para casa. - É para guardar na memória a vida inteira. Contar para os filhos, para os netos... Estou muito orgulhoso do que estou fazendo. Junto com meus companheiros, fico forte e pronto para pôr em prática tudo o que aprendi - disse o soldado, que fez curso para cabo e pretende continuar no Exército.

'Destruímos um mito', diz policial
O policial civil Mário Mamede, de 37 anos, da Core, fica emocionado ao lembrar do início da operação, quando 15 agentes da unidade avançaram pela Rua Joaquim Queiroz, dando início à ocupação do complexo de favelas. Foi ele quem hasteou as bandeiras do Brasil, do Estado do Rio e da Polícia Civil no alto do teleférico que fica na Grota.
- Quando entramos e vimos que não haveria confronto percebemos que destruímos um mito. Não é a polícia que está tomando o morro. É a própria comunidade. Nunca vi isso. As pessoas da comunidade aplaudindo. Isso é que faz a diferença - disse Mamede. - O momento mais emocionante foi quando peguei as bandeiras do helicóptero e pus no teleférico. A bandeira do Brasil, simbolizando a ordem foi demais. Diretor geral da Polícia da Capital, Herald Espínola, de 57 anos, diz que já poderia estar aposentado, mas fez questão de participar da operação, e na linha de frente. Em 2007, um colega de trabalho morreu ao seu lado na mesma favela. - Tenho filho pequeno, não quero ele correndo risco. Isso é uma virada de página para outra cidade, na qual há o direito de ir e vir com segurança. Foi apreendida uma fortuna aqui em armas e drogas. Essa facção vai acabar e as outras estão sob cerco - disse o policial civil. Trabalhando desde 14:00 hs. até às 20:15 hs. na retirada de toneladas de maconha apreendidas na Rua Canitar, no Complexo do Alemão, o tenente-coronel da PM Nilo Francisco, de 52 anos e lotado na Ajudância, não escondia a empolgação pelo sucesso da operação. Era tanta droga que os policiais precisaram de duas viagens de um caminhão da PM e ainda foi preciso usar uma van: - Em 30 anos, nunca vi isso. Ninguém está preocupado com escala, querendo refeição ou reclamando de cansaço. O sangue do policial está em festa. O inspetor Ricardo Melani, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core), exibia uma carta entregue por uma menina de sete anos, a mesma idade do filho do policial. Ele ficou emocionado com a confiança que ela depositou na operação policial: - É maravilhoso. Uma recompensa por todo o perigo que a gente corre.

Fonte: Blog da Renata/Blog Diniz K-9

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