02/10/2013
17:46:02
Sendo considerado
um dos representantes da classe policial e bombeiro militar, e atualmente
labutando na AMESE, me chegam vários, relatos, lamentações, indignações,
injustiças, etc...
Alguns
temos como resolver por via judicial ou administrativa, outros ficam na
memória, pois a legislação militar na sua magnitude anti-cidadã e
anti-Direitos Humanos, permite que os gestores manipulem vidas humanas como
se fossem um teatro de marionetes.
Para
uma categoria como é a de Militares Estaduais, sejam policiais
ou bombeiros, os deveres são cobrados à risca, e sob a batuta do
RDE (Regulamento Disciplinar do Exército), CPM , CPPM e tantas outras
leis existentes para fazer as devidas cobranças. Porém, quando se
trata de solicitar direitos, é complicado desde aqueles que estão ao alcance
da própria corporação para resolver.
Tantas
vezes travamos batalhas judiciais que demoram anos para ter uma
resolutividade, e que poderiam ter sido resolvidas com um pouco de
senso de justiça dentro da própria corporação.
Bom, eu
poderia escrever várias outras linhas como preâmbulo para que eu pudesse
entrar no assunto, mas acredito já ter sido suficiente, portanto vamos tratar
do assunto que deu origem ao título, “BAGAÇO DE CANA CHUPADO”.
Me refiro
ao tratamento dado aos companheiros (as) policiais ou bombeiros militares,
que se encontram na condição de “INCAPAZES, TEMPORARIAMENTE OU
DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIÇO DA POLÍCIA MILITAR OU BOMBEIRO MILITAR”.
Basta essa frase ser publicada em BGO, para que quase todos listados, sejam
considerados, “BAGAÇO DE CANA CHUPADO”, são vistos como nozeiros,
imprestáveis, fardo, carma, etc.....
Quase
ninguém se lembra que para entrar na PM ou BM, uma das etapas do concurso
público, é o exame de saúde, portanto quem entrou, entrou com saúde, e que
esses homens e mulheres que hoje estão doentes, já deram sua contribuição ao
longo dos anos em que estiveram saudáveis. Não lembram que em nossa
profissão, temos que lidar com a morte, o medo, o ódio, as variações do
tempo, as escalas diferenciadas que nos levam a hábitos noturnos e diurnos,
horário inconstante para a alimentação, nos expõe a altos índices de ruído,
carregamos equipamentos pesados durante boa parte do trabalho, como arma,
colete balístico, e tantas outras situações que eu não conseguiria escrever
em apenas uma página, por isso ficarei por aqui.
Deixo
uma mensagem para os nossos gestores, “ATÉ O LIXO QUE A HUMANIDADE PRODUZ,
PODE SER RECICLADO E OS SERES HUMANOS QUE JÁ DERAM SUA
CONTRIBUIÇÃO, MERECEM SER RESPEITADOS?”.
Edgard
Menezes (cidadão brasileiro)
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