quinta-feira, 3 de outubro de 2013

“Bagaço de cana chupado”, desabafa um policial militar




02/10/2013 17:46:02
Sendo  considerado um dos representantes da classe policial e bombeiro militar, e atualmente labutando na AMESE, me chegam vários, relatos, lamentações, indignações, injustiças, etc...
Alguns temos como resolver por via judicial ou administrativa, outros ficam na memória, pois a legislação militar na sua magnitude anti-cidadã e anti-Direitos Humanos, permite que os gestores manipulem vidas humanas como se fossem um teatro de marionetes.
Para uma categoria como é a de Militares Estaduais, sejam policiais ou  bombeiros, os deveres são cobrados à risca, e sob a batuta do RDE (Regulamento Disciplinar do Exército), CPM , CPPM e tantas outras leis  existentes para fazer as devidas cobranças. Porém, quando se trata de solicitar direitos, é complicado desde aqueles que estão ao alcance da própria corporação para resolver.
Tantas vezes travamos batalhas judiciais que demoram anos para ter uma resolutividade, e  que poderiam ter sido resolvidas com um pouco de senso de justiça dentro da própria corporação.
Bom, eu poderia escrever várias outras linhas como preâmbulo para que eu pudesse entrar no assunto, mas acredito já ter sido suficiente, portanto vamos tratar do assunto que deu origem ao título, “BAGAÇO DE CANA CHUPADO”.
Me  refiro ao tratamento dado aos companheiros (as) policiais ou bombeiros militares, que se encontram na condição de “INCAPAZES, TEMPORARIAMENTE OU DEFINITIVAMENTE PARA O SERVIÇO DA POLÍCIA MILITAR OU BOMBEIRO MILITAR”. Basta essa frase ser publicada em BGO, para que quase todos listados, sejam considerados, “BAGAÇO DE CANA CHUPADO”, são vistos como nozeiros, imprestáveis, fardo, carma, etc.....
Quase ninguém se lembra que para entrar na PM ou BM, uma das etapas do concurso público, é o exame de saúde, portanto quem entrou, entrou com saúde, e que esses homens e mulheres que hoje estão doentes, já deram sua contribuição ao longo dos anos em que estiveram saudáveis. Não lembram que em nossa profissão, temos que lidar com a morte, o medo, o ódio, as variações do tempo, as escalas diferenciadas que nos levam a hábitos noturnos e diurnos, horário inconstante para a alimentação, nos expõe a altos índices de ruído, carregamos equipamentos pesados durante boa parte do trabalho, como arma, colete balístico, e tantas outras situações que eu não conseguiria escrever em apenas uma página, por isso ficarei por aqui.
Deixo uma mensagem para os nossos gestores, “ATÉ O LIXO QUE A HUMANIDADE PRODUZ, PODE SER RECICLADO  E OS SERES HUMANOS QUE JÁ DERAM SUA CONTRIBUIÇÃO, MERECEM SER RESPEITADOS?”.
Edgard Menezes (cidadão brasileiro)



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