Polícia Civil
Sinpol acusa governo do Estado de perseguição a policiais e sindicalistas
O Sindicato dos Policiais Civis de
Pernambuco (Sinpol) divulgou nesta quarta-feira (3) nota de repúdio ao
governo do Estado. No texto, a entidade acusa a gestão de perseguir
sindicalistas e policiais que estão participando da Operação Polícia
Cidadã.
A nova diretoria do Sinpol explica que,
no último dia 21 de maio, foi surpreendida por notificações de aberturas
de Processos Administrativos Disciplinares (PAD) com intenção de
demitir integrantes da diretoria do sindicato e punir policiais que
seguiram suas orientações, além de inquérito no intuito de criminalizar
as atitudes legítimas e legais da diretoria em defesa de direitos
trabalhistas e da própria segurança dos policiais convocados para a
referida operação.
Nota de repúdio ao Governo do Estado pelas Perseguições ao Sinpol-PE:
A nova Diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco,
Sinpol, desde que foi empossada vem expondo para a sociedade os
problemas e as dificuldades que os Policiais Civis encontram para
prestar um serviço de segurança pública de qualidade ao cidadão,
inclusive lançando a Operação Polícia Cidadã, para mostrar os direitos e
deveres dos policiais e do povo. Por isso, repudiamos a forma como o
Governo do Estado tratou os Policiais Civis que estão lutando por sua
valorização e condições de trabalho dignas para melhorar a Segurança
Pública, dentre estes, os que participaram da Operação Paz no Sertão,
ocorrida no dia 07 de maio deste ano.
No dia 21 de maio fomos surpreendidos por notificações de
aberturas de Processos Administrativos Disciplinares (PAD) com intenção
de demitir integrantes da diretoria deste sindicato e de punir policiais
que seguiram suas orientações, além de inquérito no intuito de
criminalizar as atitudes legítimas e legais da diretoria em defesa de
direitos trabalhistas e da própria segurança dos policiais convocados
para a referida operação.
Tais procedimentos foram instaurados porque a diretoria do
Sinpol, na noite anterior a deflagração da Operação, foi informada que
vários Policiais Civis seriam mandados para o Sertão sem o pagamento de
qualquer verba a título de horas extras, diárias, adicional noturno e
sem as mínimas condições físicas e de segurança, pois, seriam, como
foram, obrigados a viajar durante a madrugada percorrendo mais de 500km
para que ao chegarem ao local dessem cumprimento aos mandados de prisão
contra integrantes de grupos de extermínio, bem como aos mandados de
busca e apreensão, confeccionarem os autos policiais decorrentes das
prisões e apreensões, realizarem a coleta dos depoimentos,
confeccionarem possíveis flagrantes e retornarem para Recife ao término
da exaustiva e extenuante jornada.
É importante frisar que o Sinpol não atuou contra a realização do
serviço policial, antes, porém, defendeu os direitos dos trabalhadores
da segurança pública, pois, a nós foi dada a prerrogativa de representar
e defender os legítimos direitos dos Policiais Civis. Nunca deixaremos
que um serviço policial seja realizado subjugando-se os direitos básicos
e fundamentais dos trabalhadores, principalmente pelas instituições que
têm por dever o cumprimento das leis.
Reafirmamos que o Sinpol, prezando pelos princípios democráticos,
está aberto ao diálogo e ao entendimento, por isso não entende o porquê
de tais perseguições e da criminalização de suas ações. Não
permitiremos que o Governo regrida em suas atitudes aos tempos sombrios
que vivenciamos durante a Ditadura Militar, demonstradas através dessas
tentativas de retaliações.
O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco irá continuar
defendendo os direitos dos Policiais e mantendo o compromisso de
melhorar a segurança pública para a sociedade pernambucana. Não irão nos
calar. Ninguém estará só!
A DIRETORIA DO SINPOL-PE
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