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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Comandante geral da PM defende operação policial no Estelita, rebate críticas da OAB e promete processar manifestantes que falaram em racismo e furto por PMs

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Publicado em 19/06/2014 às 18:39 por em Notícias
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Foto: Edmar Melo/JC Imagem
Por Jamildo Melo, editor do blog
O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel José Carlos Pereira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo, comentando a operação policial no Cais José Estelita e rebatendo de forma veemente as críticas que a corporação vem recebendo, desde o cumprimento da ação judicial que determinou a desocupação do imóvel.
Na entrevista, o coronel avisa que a entidade estuda processar pelo menos dois manifestantes que estão dando entrevistas acusando a PM de racismo ou de ter havido furto de material fotográfico, durante a operação policial.
Nesta tarde, a OAB enviou nota oficial ao Blog de Jamildo reclamando que teria havido “excesso de violência praticado pela Polícia Militar de Pernambuco, no processo de desocupação do Cais José Estelita, contra os integrantes do Movimento Ocupe Estelita, no último dia 17, aliado à violação das prerrogativas dos advogados que intermediavam o caso”. Em função disto, a OAB-PE iria entrar com representação contra o Governo do Estado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Segundo a OAB, dentro de uma semana, a representação estará pronta para ser encaminhada ao órgão.
Na mesma nota, a OAB informa que, por recomendação do presidente da OAB-PE, irá tomar os depoimentos dos advogados agredidos e impedidos de exercer a profissão durante o conflito entre policiais e integrantes do Movimento Ocupe Estelita, no dia 17. “Feita a apuração sumária, o desagravo público será realizado perante a sede do Comando Geral da Polícia Militar”.
PM não pode aceitar anarquia
“É mais do mesmo dizer isto, mas a ação policial no José Estelita ocorreu para dar apoio aos oficiais de Justiça, que foram lá dar cumprimento a uma ordem judicial. Nós vivemos em um país democrático, que tem três poderes em funcionamento. Ao Judiciário, cabe julgar e cuidar que as decisões sejam cumpridas. Se o Judiciário tomou uma decisão, ela tem que ser cumprida. É para isto que a Força Pública existe e é requisitada. A Força pública tem essa obrigação constitucional, de apoiar o Poder Judiciário. Assim, nós fomos ao Cais José Estelita apoiar o cumprimento da lei”, declarou.
A mentira dos cinco minutos de negociação
“Não é verdade que a PM deu apenas cinco minutos de negociação no local. Não sei com que propósito estão dizendo isto. Houve negociação. Durante a operação, desde a primeira granada de efeito moral, passaram-se 52 minutos. Temos a gravação, com a fita bruta, sem edição, e oportunamente elas serão mostradas. O que se viu foi que houve resistência e uma insistência de descumprir a determinação legal. Agora, se todo mundo não cumprir as determinações legais, vamos viver em uma anarquia”.
Policial mordida por nudista
“Não pode haver o descumprimento das leis. As pessoas se opuseram e houve desacato. Uma mulher chegou a despir-se, ficou nua (para impedir a ação policial), agrediu a policial com uma mordida no braço. Houve resistência clara. E isto, em uma democracia, é uma afronta ao estado democrático de direito. Então, nestas condições, a PM usou a forma necessária”, observou.
Cheira gás quem quer
“Há todo um procedimento nestas operações. Começa com a ordem verbal (para sair) até o emprego de armação não letal. Há um uso progressivo da força. Tentamos convencer as pessoas que estavam resistindo a sair numa boa, então tivemos que usar a força. Quem estava lá estava sujeito a cheirar o gás ou receber uma bala de borracha, é normal, neste campo de batalha”
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