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Por Jamildo Melo, editor do blog
O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel José
Carlos Pereira, concedeu uma entrevista exclusiva ao Blog de Jamildo,
comentando a operação policial no Cais José Estelita e rebatendo de
forma veemente as críticas que a corporação vem recebendo, desde o
cumprimento da ação judicial que determinou a desocupação do imóvel.
Na entrevista, o coronel avisa que a entidade estuda processar pelo
menos dois manifestantes que estão dando entrevistas acusando a PM de
racismo ou de ter havido furto de material fotográfico, durante a
operação policial.
Nesta tarde, a OAB enviou nota oficial ao Blog de Jamildo reclamando
que teria havido “excesso de violência praticado pela Polícia Militar de
Pernambuco, no processo de desocupação do Cais José Estelita, contra os
integrantes do Movimento Ocupe Estelita, no último dia 17, aliado à
violação das prerrogativas dos advogados que intermediavam o caso”. Em
função disto, a OAB-PE iria entrar com representação contra o Governo do
Estado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Segundo a OAB,
dentro de uma semana, a representação estará pronta para ser encaminhada
ao órgão.
Na mesma nota, a OAB informa que, por recomendação do presidente da
OAB-PE, irá tomar os depoimentos dos advogados agredidos e impedidos de
exercer a profissão durante o conflito entre policiais e integrantes do
Movimento Ocupe Estelita, no dia 17. “Feita a apuração sumária, o
desagravo público será realizado perante a sede do Comando Geral da
Polícia Militar”.
PM não pode aceitar anarquia
“É mais do mesmo dizer isto, mas a ação policial no José Estelita
ocorreu para dar apoio aos oficiais de Justiça, que foram lá dar
cumprimento a uma ordem judicial. Nós vivemos em um país democrático,
que tem três poderes em funcionamento. Ao Judiciário, cabe julgar e
cuidar que as decisões sejam cumpridas. Se o Judiciário tomou uma
decisão, ela tem que ser cumprida. É para isto que a Força Pública
existe e é requisitada. A Força pública tem essa obrigação
constitucional, de apoiar o Poder Judiciário. Assim, nós fomos ao Cais
José Estelita apoiar o cumprimento da lei”, declarou.
A mentira dos cinco minutos de negociação
“Não é verdade que a PM deu apenas cinco minutos de negociação no
local. Não sei com que propósito estão dizendo isto. Houve negociação.
Durante a operação, desde a primeira granada de efeito moral,
passaram-se 52 minutos. Temos a gravação, com a fita bruta, sem edição, e
oportunamente elas serão mostradas. O que se viu foi que houve
resistência e uma insistência de descumprir a determinação legal. Agora,
se todo mundo não cumprir as determinações legais, vamos viver em uma
anarquia”.
Policial mordida por nudista
“Não pode haver o descumprimento das leis. As pessoas se opuseram e
houve desacato. Uma mulher chegou a despir-se, ficou nua (para impedir a
ação policial), agrediu a policial com uma mordida no braço. Houve
resistência clara. E isto, em uma democracia, é uma afronta ao estado
democrático de direito. Então, nestas condições, a PM usou a forma
necessária”, observou.
Cheira gás quem quer
“Há todo um procedimento nestas operações. Começa com a ordem verbal
(para sair) até o emprego de armação não letal. Há um uso progressivo da
força. Tentamos convencer as pessoas que estavam resistindo a sair numa
boa, então tivemos que usar a força. Quem estava lá estava sujeito a
cheirar o gás ou receber uma bala de borracha, é normal, neste campo de
batalha”
Veja mais em instantes
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