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sábado, 12 de abril de 2014

Para ter mais efetivo, a PM de São Paulo quer comprar as licenças prêmios dos PMs e trazer de volta os inativos ao batente, além de diminuir o tempo de formação dos oficiais na academia. Um policiologo de plantão em arrumar mais serviço pros outros disse que essas medidas podem reabrir a discussão sobre a carreira da polícia. Pra ele "Os policias se aposentam muito cedo. Muito se afastam aos 50 anos, no auge da carreira.". Vai procurar uma lavagem de roupa menino!

PM quer usar aposentados para reforçar efetivo em SP

ROGÉRIO PAGNAN
ANDRÉ MONTEIRO
MARINA GAMA CUBAS
DE SÃO PAULO

12/04/2014

A Polícia Militar de São Paulo apresentou nesta semana um plano ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) que prevê a reutilização de policiais aposentados para ajudar a aumentar seu efetivo nas ruas.
A medida faz parte de um pacote apresentado pelo comandante da PM, Benedito Roberto Meira, que solicita também a possibilidade de comprar mais de um mês da licença-prêmio de policiais militares e a redução do tempo de formação de oficiais.
O plano é entregue após a elevação do número de roubos no Estado por nove meses seguidos e em meio a questionamentos sobre a redução do efetivo nas ruas.
Sobre os aposentados, a proposta é reintegrar 7.600 deles em todo o Estado e pagar um salário adicional. Os valores não foram definidos.
A Polícia Militar tem hoje mais de 80 mil homens.
Esses policiais reconvocados seriam utilizados exclusivamente em funções administrativas, "liberando quem está hoje na administração para o policiamento", disse o comandante da corporação.
Atualmente, a PM admite ter 9.444 homens no serviço administrativo. O número, porém, pode ser muito maior.
Conforme a Folha revelou anteontem, a corporação reclassificou em 2013 mais de 14 mil homens de funções administrativas para operacionais.
Policiais como do departamento pessoal, mecânicos e guarda de quartel passaram a ser considerados como homens de rua, embora permaneçam a maior parte do tempo dentro do batalhão.
As propostas foram entregues ao secretário da Segurança, Fernando Grella, que deve encaminhá-las ao Palácio dos Bandeirantes.
Outra mudança pretendida pelo comandante é aumentar a possibilidade de compra de licença-prêmio.
Hoje, cada policial pode vender só um dos três meses de afastamento remunerado que ele tem direito a cada cinco anos de trabalho (dois meses ele precisa necessariamente se afastar das funções).
"Se eu puder comprar esses outros dois meses, vou ter 2.000 PMs a mais nas ruas por mês", afirmou Meira.
Ainda faz parte das propostas uma redução no tempo de formação dos oficiais, de três para dois anos de curso.
Essa redução é possível, na visão da PM, se passar a ser exigido diploma em direito para o ingresso no curso.
Para o especialista em segurança Renato Sérgio de Lima, as mediadas podem reabrir a discussão sobre a carreira da polícia. "Os policias se aposentam muito cedo. Muito se afastam aos 50 anos, no auge da carreira."

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