bom humor
CQC volta à Câmara do Recife para investigar esquema de notas fiscais frias. Vereadores somem
Sem alarde, o programa de humor na TV CQC, da Band, voltou à
Câmara Municipal do Recife, nesta tarde de chuva na capital
pernambucana. Como de costume, causou terror entre os vereadores e
acabou esvaziando o plenário da casa, às vésperas do feriado do Dia do
Trabalho.
Haveria sessão ordinária, mas o plenário acabou ficando curiosamente
vazio, completamente vazio. Nesta tarde, haveria pelo menos uma
homenagem, proposta pelo vereador Romero Jatobá.
Os humoristas estão tentando gravar cenas sobre o escândalo das notas
fiscais frias, mas não estão conseguindo achar parlamentares na casa,
neste momento.
A sessão acabou sendo cancelada.
A produção do CQC recebeu a informação de que os vereadores trocaram
mensagens pelo whats app, para evitar o comparecimento e algum eventual
constrangimento, com o espinhoso tema.
A vereadora Aline Mariano, do PSDB, acabou sendo inquirida pela mais
nova repórter do programa, Naty Graciano. Constrangida, ela disse que
não tinha o que declarar porque não estava envolvida e seria uma
situação muito delicada (falar dos vereadores acusados de
irregularidades). A pergunta da produção era como alguém poderia
envolver-se em um crime tão amador.
O escandalo atingiu mais de 26 vereadores e ex-vereadores.
Em 2012, o CQC causou pânico na Câmara Municipal do Recife. Os
vereadores literalmente fugiram correndo. Foi uma palhaçada sem tamanho.
Depois de tomarem conhecimento de que uma equipe do CQC estava
chegando para cobrir a sessão daquela tarde, com o objetivo de reportar o
aumento de 62% concedido no final do ano de 2011, sem alarde, às
escondidas, suspenderam os trabalhos sem explicação e literalmente
saíram correndo. Com o reajuste, os salários dos 39 parlamentares
saltarão de R$ 9.287,57 para R$ 15.031,76.
Numa cena digna de filme pastelão, o vereador Inácio Neto, então
socialista desde criancinha, saiu correndo pelo jardim e alcançou a Rua
Princesa Isabel. A equipe do humorístico não teve dúvida e correu atrás,
sem conseguir alcançá-lo. O vereador jogava futebol regularmente, era
bom de pique. Mas acabou não renovando o mandato.
Teve vereador que deixou o carro no pátio no estacionamento da câmara, pegou um táxi e depois acionou o motorista pelo celular.
Naquele dia, quem não conseguiu correr, como a então vereadora Verá
Lopes, do PPS, pagou mico, dando desculpa esfarrapada para a vergonhosa
majoração dos salários.
À frente da equipe do CQC, estava o humorista Ronald Rios.
A produção levou marmitas para Câmara do Recife com o objetivo de
sugerir que os vereadores aceitassem os presentes em substituição ao
aumento nos salários.
O presidente da Câmara Municipal do Recife naquela época era Jurandir
Liberal, do PT. Ele suspendeu os trabalhos depois de dar um pitu nos
jornalistas do programa, que chegaram na casa por volta das 15 horas.
Eles foram levados para a sala de imprensa, enquanto os vereadores
presentes encerravam a sessão.
Por meio de sua assessoria, Jurandir Liberal informou na época que
acabou antes os trabalhos porque havia marcado uma audiência, junto com
Augusto Carreras, do PV, com o então presidente do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE), Ricardo Paes Barreto.
Com informações de Marcela Balbino, repórter do blog
http://blogs.ne10.uol.com.br/jamildo/
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