Policiais militares, civis e bombeiros do Espírito Santo saíram às ruas de Vitória, em protesto contra a proposta enviada pelo governo estadual, na tarde desta terça-feira (25). Depois de uma assembleia geral unificada, o grupo de cerca de duas mil pessoas saiu da avenida Maruípe, na capital e seguiu até o cruzamento com a avenida Leitão da Silva, onde um caixão foi queimado. As instituições pedem um realinhamento salarial. De acordo com presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do estado, Flávio Gava, o trânsito ficou interditado por cerca de 30 minutos e já foi liberado.
Segundo Gava, a categoria está em negociação com o governo desde fevereiro de 2012 e uma proposta seria encaminhada em junho daquele ano. "Quando policiais do Brasil inteiro fizeram manifestações e até paralisações, nós não fizemos. Preferimos fazer um movimento ordeiro e respeitar a sociedade. Dali, saiu uma proposta aprovada pelo governo, que permitia promoções dentro da PM e da PC", falou o presidente.
Nesta terça-feira (25), as instituições receberam a contraproposta do governo, mas, em assembleia geral unificada, ficou decidida a não aceitação. Depois disso, o, cerca de dois mil militares saíram em protesto, por volta das 16h, da avenida Maruípe, e seguiram até o cruzamento com a avenida Leitão da Silva. Ao chegar no local, os manifestantes queimaram um caixão em protesto. "Queimamos, mas limpamos tudo depois, para não causar desordem", destacou Gava.
Segundo os manifestantes, a contraproposta continha o pedido de mais 90 dias para a realização de outros estudos. "Nós pedimos um realinhamento salarial. Mas não podemos aceitar outros 90 dias de procrastinação. Tínhamos até decidido abrir mão da proposta e apresentamos outra no início deste mês, mas recebemos isso do governo", disse Gava.
A polícia informou que vai encaminhar o resultado da assembléia geral unificada ao governo, esperar uma outra contraproposta para, então, decidir quais serão os rumos do movimento. A possibilidade de greve, no entanto, não foi descartada. "A possibilidade de greve existe, mas, em respeito à sociedade capixaba, não pretendemos chegar a esse nível. Com os militares nas ruas já está difícil, imagina sem", ressaltou o presidente da associação.
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