novo governo
João da Costa despede-se da Prefeitura do Recife com lágrimas
Depois de quatro anos, João da Costa deixou a PCR para Geraldo Julio / Foto: Igo Bione/JC Imagem)
Inês Calado
Do NE10
Sem a manifestação popular que o acompanhou durante toda a campanha, Geraldo Julio (PSB) "recebeu" a Prefeitura do Recife de João da Costa (PT), neste dia 1º de janeiro, em cerimônia discreta. Emocionado, o agora ex-prefeito não deixou de citar os ataques políticos dos quais foi vítima. O ex-prefeito João Paulo, que iniciou a participação do Partido dos Trabalhadores na capital pernambucana, em 2001, teve o nome mencionado em apenas um momento, quando João da Costa lembrou que, exatamente há doze anos, ele estava naquele mesmo local, ao lado dos mesmos personagens que, agora, assumem novos papéis.
Inês Calado
Do NE10
Sem a manifestação popular que o acompanhou durante toda a campanha, Geraldo Julio (PSB) "recebeu" a Prefeitura do Recife de João da Costa (PT), neste dia 1º de janeiro, em cerimônia discreta. Emocionado, o agora ex-prefeito não deixou de citar os ataques políticos dos quais foi vítima. O ex-prefeito João Paulo, que iniciou a participação do Partido dos Trabalhadores na capital pernambucana, em 2001, teve o nome mencionado em apenas um momento, quando João da Costa lembrou que, exatamente há doze anos, ele estava naquele mesmo local, ao lado dos mesmos personagens que, agora, assumem novos papéis.
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"Há doze anos eu entrava pela garagem da Prefeitura do Recife e me
encontrei, na época, com o deputado federal Eduardo Campos e ele me
perguntou 'João, onde é que fica o palanque que João Paulo está tomando
posse?". Eu olho aqui para este palanque e, depois de doze anos, eu vejo
quase os mesmos personagens, em funções diferentes, para não iniciar um
governo de continuidade, mas para continuar um projeto de mudanças",
afirmou João da Costa. O ex-prefeito destacou que não estava mais no
governo mas, como militante político continuará, se for solicitado, a
dar sua contribuição. Em todo o discurso, deixou claro que o processo de
mudança no Recife começou com o Partido dos Trabalhadores e que, agora,
cabia ao Partido Socialista Brasileiro tomar conta da cidade que,
segundo ele, avançou sob muitos aspectos.
Agradeceu ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e ao governador Eduardo Campos, destacando, sobretudo, o vice Milton Coelho, nome do PSB na gestão do PT, tendo, inclusive, chorado, quando citou seu nome. João da Costa não esqueceu os momentos difíceis que vivenciou ao lado da família, chorando, mais uma vez. O ex-prefeito relembrou a morte da irmã e o transplante de rim pelo qual foi submetido, em 2010. "Diante de muitos ataques, a maioria deles injustos, encontrei na minha família a retaguarda para poder vencer esses desafios", destacou, sendo muito aplaudido.
Mais descontraído que o habitual, Geraldo Julio dispensou a cópia do discurso para falar "com o coração". Durante os agradecimentos, até brincou "Também vou agradecer a quem trouxer um copinho de água", sendo logo atendido por uma eleitora que assistia à cerimônia. O discurso, no entanto, não foi muito diferente do que falou na Câmara do Recife, mais cedo, quando participou da cerimônia de posse.
O novo prefeito da capital pernambucana voltou a destacar a importância do serviço público de qualidade para governar a cidade com o mesmo choque de gestão implantado pelo Governo Eduardo Campos, do qual foi secretário nos dois mandatos. Geraldo ressaltou os avanços que foram dados no período de transição, com a aprovação da reforma administrativa, a criação do cargo de gestor público através de concurso e também a lei de Parcerias Público-Privadas (PPP). Os três projetos de lei foram sancionados na PCR, durante o evento, nesta terça-feira. O socialista destacou ainda a liberação de recursos de R$ 140 milhões do governo federal para implantação do programa de governo na área da saúde.
Como João da Costa, Geraldo falou das mudanças pelas quais o Recife passou sem citar o ex-prefeito João Paulo e até o próprio João da Costa. Destacou a importância do apoio dos governos federal e estadual nesse processo, sem falar da antiga administração petista na capital. "Vivemos no Recife um sentimento que fazia com que não tivéssemos esperança. Ao longo dos anos, com as mudanças impostas por políticas públicas do governo federal, do governo estadual, nós pudemos ver o Nordeste mudar, Pernambuco mudar. E pudemos ver nascer no Recife um novo sentimento. Um sentimento de esperança que, durante a campanha, pude ver se transformar num sentimento de expectativa", afirmou.
Geraldo falou da família. O pai, falecido há quinze anos, responsável por sua formação política; sua mãe, a funcionária pública Maria Ângela, presente na cerimônia; e a esposa Cristina Mello. A pediatra, que não irá ocupar nenhum cargo na PCR, chorou, bastante emocionada. Os três filhos pequenos do casal, Eduardo, Rodrigo e Mariana, participaram de tudo ao lado dos pais.
Sobre a captação de recursos e falta de planejamento na PCR nos últimos anos, o socialista criticou: "Historicamente o Recife investe menos do que as necessidades demandadas e a pressão causada pelo desenvolvimento atual gera muitos impactos na cidade e exige muitos investimentos. A cidade sofre porque não teve planejamento", alfinetou.
Além de cuidar das urgências, Geraldo ressaltou um desafio na sua gestão. Disse que irá elaborar um plano de longo prazo. "Um plano para o Recife 500 anos. Esse plano vai ajudar os próximos governantes, um planejamento que represente o sonho da cidade que nós queremos, em 2037, quando o Recife estará completando 500 anos."
Geraldo finalizou o discurso com uma frase que usou durante toda a campanha, mas que neste dia 1º de janeiro, teve um significado e emoção diferentes. "Agora digo como prefeito da cidade, pode ter certeza: A vida no Recife vai melhorar."
Postado por Gabriela LópezAgradeceu ao ex-presidente Lula, à presidente Dilma e ao governador Eduardo Campos, destacando, sobretudo, o vice Milton Coelho, nome do PSB na gestão do PT, tendo, inclusive, chorado, quando citou seu nome. João da Costa não esqueceu os momentos difíceis que vivenciou ao lado da família, chorando, mais uma vez. O ex-prefeito relembrou a morte da irmã e o transplante de rim pelo qual foi submetido, em 2010. "Diante de muitos ataques, a maioria deles injustos, encontrei na minha família a retaguarda para poder vencer esses desafios", destacou, sendo muito aplaudido.
Mais descontraído que o habitual, Geraldo Julio dispensou a cópia do discurso para falar "com o coração". Durante os agradecimentos, até brincou "Também vou agradecer a quem trouxer um copinho de água", sendo logo atendido por uma eleitora que assistia à cerimônia. O discurso, no entanto, não foi muito diferente do que falou na Câmara do Recife, mais cedo, quando participou da cerimônia de posse.
O novo prefeito da capital pernambucana voltou a destacar a importância do serviço público de qualidade para governar a cidade com o mesmo choque de gestão implantado pelo Governo Eduardo Campos, do qual foi secretário nos dois mandatos. Geraldo ressaltou os avanços que foram dados no período de transição, com a aprovação da reforma administrativa, a criação do cargo de gestor público através de concurso e também a lei de Parcerias Público-Privadas (PPP). Os três projetos de lei foram sancionados na PCR, durante o evento, nesta terça-feira. O socialista destacou ainda a liberação de recursos de R$ 140 milhões do governo federal para implantação do programa de governo na área da saúde.
Como João da Costa, Geraldo falou das mudanças pelas quais o Recife passou sem citar o ex-prefeito João Paulo e até o próprio João da Costa. Destacou a importância do apoio dos governos federal e estadual nesse processo, sem falar da antiga administração petista na capital. "Vivemos no Recife um sentimento que fazia com que não tivéssemos esperança. Ao longo dos anos, com as mudanças impostas por políticas públicas do governo federal, do governo estadual, nós pudemos ver o Nordeste mudar, Pernambuco mudar. E pudemos ver nascer no Recife um novo sentimento. Um sentimento de esperança que, durante a campanha, pude ver se transformar num sentimento de expectativa", afirmou.
Geraldo falou da família. O pai, falecido há quinze anos, responsável por sua formação política; sua mãe, a funcionária pública Maria Ângela, presente na cerimônia; e a esposa Cristina Mello. A pediatra, que não irá ocupar nenhum cargo na PCR, chorou, bastante emocionada. Os três filhos pequenos do casal, Eduardo, Rodrigo e Mariana, participaram de tudo ao lado dos pais.
Sobre a captação de recursos e falta de planejamento na PCR nos últimos anos, o socialista criticou: "Historicamente o Recife investe menos do que as necessidades demandadas e a pressão causada pelo desenvolvimento atual gera muitos impactos na cidade e exige muitos investimentos. A cidade sofre porque não teve planejamento", alfinetou.
Além de cuidar das urgências, Geraldo ressaltou um desafio na sua gestão. Disse que irá elaborar um plano de longo prazo. "Um plano para o Recife 500 anos. Esse plano vai ajudar os próximos governantes, um planejamento que represente o sonho da cidade que nós queremos, em 2037, quando o Recife estará completando 500 anos."
Geraldo finalizou o discurso com uma frase que usou durante toda a campanha, mas que neste dia 1º de janeiro, teve um significado e emoção diferentes. "Agora digo como prefeito da cidade, pode ter certeza: A vida no Recife vai melhorar."
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