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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Larry DePrimo um policial de Nova York de 25 anos.
O que era para ser unicamente uma atitude pessoal ganhou o mundo graças a uma turista do Arizona que registrou com a câmera de seu celular e postou no Facebook a imagem de um ser humano agindo com humanidade.

Estranho mundo esse nosso...

O que deveria ser corriqueiro casou espanto e admiração...

Foram mais de 400.000 compartilhamentos.

Tudo começou quando o Larry DePrimo um policial de Nova York de 25 anos fazia sua ronda normal pela 7º Avenida na altura da Rua 44...

DePrimo, observou sentado numa calçada um morador de rua que tremia de frio...

Sem ter com que se cobrir e descalço o homem tentava se aquecer mantendo-se encolhido e silencioso.

Diante da cena, o jovem policial se aproximou olhou, deu meia volta, entrou uma loja e com o dinheiro que carregava em seu bolso, comprou um par de meias térmicas e uma bota de inverno – gastou 75 dólares.

De volta à presença do morador de rua, DePrimo, lhe entregou as meias e as botas.

O homem, segundo DePrimo, deu um sorriso de orelha a orelha e lhe disse:

“Eu nunca tive um par de sapatos em toda a minha vida”.

No entanto, o gesto não se conclui na entrega do presente...

Percebendo que o morador de rua tinha dificuldade em se mover, o policial se agachou, colocou as meias, as botas, amarrou os cadarços e pergunto: ficou bom?

A resposta foram dois olhos felizes, lagrimejados e um novo sorriso.

Ao se despedir, DePrimo perguntou se o homem queria um copo de café e algo para comer...

“Ele me olhou e cortesmente declinou a oferta. Disse que eu já havia feito muito por ele”.

Aqui deveria ser o fim da cena.

O pano cairia e todos iriam para casa...

Mas não foi.

Jennifer Foster, autora da foto, foi para casa abriu seu computador e postou em sua página a foto e escreveu o seguinte texto, dirigido ao Departamento de Policia de Nova York.

“Hoje, me deparei com a seguinte situação. Caminhava pela cidade e vi um homem sentado na rua com frio, sem cobertor e descalço. Aproximei-me e justamente quando ia falar com ele, surgiu por trás de mim um policial de seu departamento.O policial disse: ‘tenho umas botas tamanho 12 para você e umas meias. As botas servem para todo tipo de clima. Vamos colocar’?”
“Afastei-me e fiquei observando. O policial se abaixou, calçou as meias no homem, as botas e amarrou seus cadarços. Falou alguma coisa a mais que não entendi, levantou e falou, cuide-se”.

“Ele foi discreto, não fez aquilo para chamar a atenção, não esperou reconhecimento, apenas fez”.

“Se foi sem perceber que eu o olhava e que havia fotografado a cena. Pena, me faltou coragem para me aproximar, lhe estender a mão e dizer obrigado por me fazer crer que a policia que sonho é possível”.

“Bem, digam a ele isso por mim”.

Jennifer Foster.

Em poucas horas, o texto e a foto de Jennifer pipocaram por todo o território americano e por boa parte do mundo.

Larry DePrimo, soube por um colega que lhe telefonou para contar...

Quando voltou ao trabalho e se preparava para sair às ruas foi chamado por seus superiores, ouviu um elogio, recebeu abraços de seus companheiros e quando seu chefe lhe disse que o departamento iria lhe ressarcir o dinheiro gasto de seu próprio bolso, Larry recusou e disse: “Não senhor, obrigado. Com meu dinheiro, faço coisas nas quais acredito”.

Fonte: Elmundo.es/Nueva York e Newsday.

Essa história me tocou por me remeter a uma situação vivida bem próximo de mim...

Meu filho costuma em seus plantões, como membro do Corpo Segurança Operacional do Metrô de Brasília, trocar com meninos e meninas de rua, sanduíches por pedras de crack e frascos de cola...

Tudo começou quando um garoto foi detido por consumir crack na estação do metrô e depois de horas, chorou e pediu comida...

Alexandre saiu da sala, comprou um sanduíche lhe deu e lhe fez uma proposta...

“Eu lhe pago um lanche todos os dias, mas você me entrega a cola e o crack”.

Virou rotina e logo, havia uma pequena “multidão” de meninos e meninas que lanchavam na conta do Alex.

Um dia lhe fiz algumas perguntas:

O que você se faz com as pedras e os frascos?

- “Coloco tudo num saco, entrego a policia militar”...

E eles, perguntei?

- “Na primeira vez se assustaram e me perguntaram onde havia encontrado aquelas pedras e a cola. Disse que estavam escondidas num matagal próximo”.

Eles acreditaram?

- “Acho que não pai, nem eu acreditei”.

- “Engraçado é que com o tempo, passaram, a saber, da verdade, mas nunca me pediram para identificar os menores”.

Por que você não os detém?

- “Para que meu pai? O Estado brasileiro não está nem aí. Não temos nenhum investimento sério voltado a recuperar essas crianças. Não há o menor interesse em combater o tráfico e os donos da droga”. 

- “Deter esses meninos é enxugar gelo, é bater na parte mais fraca e indefesa de toda essa porcaria. O que faço e conversar e contar histórias e tentar mostrar que existe escolha. Eles me ouvem com atenção, mas eu sei que não vão parar. Eles não têm a quem recorrer. A vida se esqueceu deles, e eles, já nem se importam mais”.

E você, como se sente?

- “Só, cansado de tanto discurso vazio, de tanta conversa fiada, de tanto religiosidade hipócrita e de tanto intelectual arrotando soluções sem nunca terem descido ao inferno para conhecer o diabo”.

Por que continua então?

- “Não sei... ou melhor, sei sim. Estou aprendendo”.

Bem, acho que tenho fortes razões para me orgulhar de meu filho.
O que era para ser unicamente uma atitude pessoal ganhou o mundo graças a uma turista do Arizona que registrou com a câmera de seu celular e postou no Facebook
a imagem de um ser humano agindo com humanidade.

Estranho mundo esse nosso...

O que deveria ser corriqueiro casou espanto e admiração...

Foram mais de 400.000 compartilhamentos.

Tudo começou quando o Larry DePrimo um policial de Nova York de 25 anos fazia sua ronda normal pela 7º Avenida na altura da Rua 44...

DePrimo, observou sentado numa calçada um morador de rua que tremia de frio...

Sem ter com que se cobrir e descalço o homem tentava se aquecer mantendo-se encolhido e silencioso.

Diante da cena, o jovem policial se aproximou olhou, deu meia volta, entrou uma loja e com o dinheiro que carregava em seu bolso, comprou um par de meias térmicas e uma bota de inverno – gastou 75 dólares.

De volta à presença do morador de rua, DePrimo, lhe entregou as meias e as botas.

O homem, segundo DePrimo, deu um sorriso de orelha a orelha e lhe disse:

“Eu nunca tive um par de sapatos em toda a minha vida”.

No entanto, o gesto não se conclui na entrega do presente...

Percebendo que o morador de rua tinha dificuldade em se mover, o policial se agachou, colocou as meias, as botas, amarrou os cadarços e pergunto: ficou bom?

A resposta foram dois olhos felizes, lagrimejados e um novo sorriso.

Ao se despedir, DePrimo perguntou se o homem queria um copo de café e algo para comer...

“Ele me olhou e cortesmente declinou a oferta. Disse que eu já havia feito muito por ele”.

Aqui deveria ser o fim da cena.

O pano cairia e todos iriam para casa...

Mas não foi.

Jennifer Foster, autora da foto, foi para casa abriu seu computador e postou em sua página a foto e escreveu o seguinte texto, dirigido ao Departamento de Policia de Nova York.

“Hoje, me deparei com a seguinte situação. Caminhava pela cidade e vi um homem sentado na rua com frio, sem cobertor e descalço. Aproximei-me e justamente quando ia falar com ele, surgiu por trás de mim um policial de seu departamento.O policial disse: ‘tenho umas botas tamanho 12 para você e umas meias. As botas servem para todo tipo de clima. Vamos colocar’?”
“Afastei-me e fiquei observando. O policial se abaixou, calçou as meias no homem, as botas e amarrou seus cadarços. Falou alguma coisa a mais que não entendi, levantou e falou, cuide-se”.

“Ele foi discreto, não fez aquilo para chamar a atenção, não esperou reconhecimento, apenas fez”.

“Se foi sem perceber que eu o olhava e que havia fotografado a cena. Pena, me faltou coragem para me aproximar, lhe estender a mão e dizer obrigado por me fazer crer que a policia que sonho é possível”.

“Bem, digam a ele isso por mim”.

Jennifer Foster.

Em poucas horas, o texto e a foto de Jennifer pipocaram por todo o território americano e por boa parte do mundo.

Larry DePrimo, soube por um colega que lhe telefonou para contar...

Quando voltou ao trabalho e se preparava para sair às ruas foi chamado por seus superiores, ouviu um elogio, recebeu abraços de seus companheiros e quando seu chefe lhe disse que o departamento iria lhe ressarcir o dinheiro gasto de seu próprio bolso, Larry recusou e disse: “Não senhor, obrigado. Com meu dinheiro, faço coisas nas quais acredito”.

Fonte: Elmundo.es/Nueva York e Newsday.

Essa história me tocou por me remeter a uma situação vivida bem próximo de mim...

Meu filho costuma em seus plantões, como membro do Corpo Segurança Operacional do Metrô de Brasília, trocar com meninos e meninas de rua, sanduíches por pedras de crack e frascos de cola...

Tudo começou quando um garoto foi detido por consumir crack na estação do metrô e depois de horas, chorou e pediu comida...

Alexandre saiu da sala, comprou um sanduíche lhe deu e lhe fez uma proposta...

“Eu lhe pago um lanche todos os dias, mas você me entrega a cola e o crack”.

Virou rotina e logo, havia uma pequena “multidão” de meninos e meninas que lanchavam na conta do Alex.

Um dia lhe fiz algumas perguntas:

O que você se faz com as pedras e os frascos?

- “Coloco tudo num saco, entrego a policia militar”...

E eles, perguntei?

- “Na primeira vez se assustaram e me perguntaram onde havia encontrado aquelas pedras e a cola. Disse que estavam escondidas num matagal próximo”.

Eles acreditaram?

- “Acho que não pai, nem eu acreditei”.

- “Engraçado é que com o tempo, passaram, a saber, da verdade, mas nunca me pediram para identificar os menores”.

Por que você não os detém?

- “Para que meu pai? O Estado brasileiro não está nem aí. Não temos nenhum investimento sério voltado a recuperar essas crianças. Não há o menor interesse em combater o tráfico e os donos da droga”.

- “Deter esses meninos é enxugar gelo, é bater na parte mais fraca e indefesa de toda essa porcaria. O que faço e conversar e contar histórias e tentar mostrar que existe escolha. Eles me ouvem com atenção, mas eu sei que não vão parar. Eles não têm a quem recorrer. A vida se esqueceu deles, e eles, já nem se importam mais”.

E você, como se sente?

- “Só, cansado de tanto discurso vazio, de tanta conversa fiada, de tanto religiosidade hipócrita e de tanto intelectual arrotando soluções sem nunca terem descido ao inferno para conhecer o diabo”.

Por que continua então?

- “Não sei... ou melhor, sei sim. Estou aprendendo”.

Bem, acho que tenho fortes razões para me orgulhar de meu filho.


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