Por isso que vem logo aquela famosa pergunta, o crime compensa ou não?
#CPI #Cachoeira : Libertado no dia da condenação
Carlos Chagas
Contando lá fora, ninguém
acredita: no mesmo dia em que foi condenado a cinco anos de prisão,
Carlinhos Cachoeira foi posto em liberdade. Explicações existem: sua
pena será cumprida em regime semiaberto, não tendo chegado aos oito anos
exigidos para prisão fechada. Já estava preso há 266 dias. Ganhou
habeas-corpus e aguardará sua sentença em casa até que transite em
julgado. Tudo de acordo com a lei, mas mesmo assim…
Mesmo assim, o que fica do
episódio para quem não mergulha nos meandros da ciência jurídica é que
um preso saiu da cadeia no dia de sua condenação a cinco anos. Uma
contradição.
As coincidências não param, pois
na mesma terça-feira inusitada o relator da CPI do Cachoeira divulgou
seu relatório indiciando menos gente do que se esperava. O deputado
Odair Cunha acusa a empresa Delta por dar aparência legal a um sistema
de corrupção, mas deixa de incriminar seu presidente, Fernando
Cavendish, ao tempo em que absolve os governadores Sérgio Cabral, do
Rio, e Agnelo Queirós, de Brasília, mas investe sobre Marconi Perilo, de
Goiás, os três supostamente ligados à Delta e a Carlinhos Cachoeira.
Em suma, é a confusão
generalizada. Em termos legislativos, fica mais uma vez exposta a
fragilidade das Comissões Parlamentares de Inquérito, sempre sujeitas a
interesses políticos e partidários. O PT queria infernizar a vida de
uns, o PSDB de outros. Resultado: a maioria foi para o céu.
Seria preciso repensar o poder
das CPIs, na realidade, nenhum. Encaminhar seus relatórios à Justiça
revela-se iniciativa atrasada, já que em quase todos os casos os
tribunais já estão atuando. Deixar a composição dessas comissões
entregue aos partidos significa confirmar que os mais fortes sempre
conseguirão impor sua vontade aos mais fracos. Ou então, como agora, dar
empate.
É de Otávio Mangabeira a imagem
sobre ser a democracia uma plantinha tenra que necessita ser regada
todos os dias. Nada mais correto. Antes que ela cresça, vicejam as
pragas. Os mensaleiros continuam soltos, Carlinhos Cachoeira volta aos
seus negócios.
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O FIM DO MUNDO
O FIM DO MUNDO
Ontem, dia 21, ficamos a um mês
do fim do mundo, a dar-se crédito às profecias do Calendário Maia e de
Nostradamus. Como os astrônomos não identificam nenhum asteróide em rota
de colisão com a Terra, nem os médicos denunciam a existência da Peste
Negra, melhor preparar as comemorações para o dia em que o planeta
sobreviveu. Por via das dúvidas, porém, seria de cautela que
aproveitássemos os próximos trinta dias para traçar novos rumos e
resoluções.
Que tal se o Congresso aprovasse a
reforma política? E se o Supremo Tribunal Federal encerrasse o
julgamento do mensalão? Por que a presidente Dilma não se diz logo
candidata à reeleição e não reforma o ministério? Não seria hora de o
PSDB entregar seu comando ao senador Aécio Neves? Agora que as chuvas
chegaram, melhor seria reorganizar a agricultura, ao tempo em que todas
as secretarias de Segurança e as delegacias de polícia deveriam
empreender um mutirão de combate à bandidagem. Talvez a mobilização das
Forças Armadas e da Polícia Federal para cortar em nossas fronteiras o
contrabando de armas e da entrada de tóxicos. Se o mundo for mesmo
acabar, é bom que acabe sem mazelas…
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OS MÍSSEIS, DE ONDE VEM?
OS MÍSSEIS, DE ONDE VEM?
Em vez de ficar matando
palestinos, Israel deveria investigar e interromper o fluxo de mísseis
até a faixa de Gaza, pois naquela terra ninguém fabrica sequer um
parafuso, quanto mais sofisticados instrumentos de morte. De onde vem os
mísseis? Como entram? Quem está por trás desse comércio de horror?
Para uns, o principal fornecedor é
o Irã. Para outros, a Rússia. Sem falar nos barões privados do
contrabando de armas. Mas de algum lugar continuam chegando os mísseis.
Mossad, CIA, MI-6 e congêneres devem explicações. Ou deixariam de
existir se esse tipo de tráfico fosse interrompido?
Fonte : Tribuna da Internet
http://blogdocaxorrao.blogspot.com.br/
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